O professor e coordenador da rede municipal de ensino de Americana, Eduardo Antônio Jordão, foi convidado a apresentar um trabalho intitulado “Os elementos Figurativos do Apocalipse no Cinema: Revelações, Imagens e Sons em Lições da Escuridão e Andrei Rubliov”, na 1ª Conferência Internacional de Cinema de Viana - Cinema e Educação, que aconteceu de 11 a 13 de maio, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, na cidade Viana do Castelo, em Portugal.
Na ocasião, Eduar
do apresentou parte das pesquisas realizadas para a tese de doutorado em educação pela Faculdade de Educação da Unicamp. Na pesquisa, o professor aborda as representações do apocalipse nas pinturas e no cinema, como parte da retórica de um programa de educação visual intencionalmente pensado para produzir um efeito em seu público. Segundo Eduardo, cerca de 40 pessoas tiveram seus trabalhos apresentados no congresso, que envolveu profissionais da educação, pesquisadores, artistas plásticos e diretores de cinema de Portugal, Espanha e Brasil.
O convite para apresentar sua pesquisa no congresso foi feito por Maria do Ceu Diel de Oliveira, orientadora, professora na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e colaboradora do Instituto em Viana do Castelo.
Após o congresso, Eduardo foi para Porto onde participou de uma reunião composta por um grupo de estudo sobre cinema e educação. “Foi válido pela experiência de participar de um evento internacional fora do País; até então já tinha participado de eventos internacionais, mas no Brasil. Foi muito interessante ver como os diversos apresentadores nos mostraram como trabalhar o cinema e a arte com os alunos em sala de aula”.
Findado os compromissos em Portugal, Eduardo foi para Roma pesquisar obras de artes e documentos referentes à pesquisa do doutorado. Entre os lugares de pesquisa em Roma, o professor buscou documentos e relatos no Museu do Vaticano, Museus Capitolinos, salas de exposições do palácio Quirinali, Pantheon, livrarias, Biblioteca Nacional, Universidade Gregoriana e Instituto Pio Brasileiro em Roma.
Eduardo pôde ver a Exposição Lux In Arcana, que consiste na exposição de documentos originais do Vaticano, como a Bula de Excomunhão de Martin Lutero, o resumo das atas do processo contra Giordano Bruno, parte do Tratado de Tordesilhas, uma carta de Michelângelo ao Papa, solicitando pagamento que estava em atraso pelo trabalho de parte da Obra da Basílica de São Pedro, cartas referentes às cruzadas de imperadores dirigidas ao Papa, uma carta de Bernini (um dos artista que ajudou na construção da Basílica de São Pedro) solicitando transporte de blocos de mármore para esculturas, um pergaminho de 60 metros, que decretava o fim da Ordem dos Templários, ata de abertura do Concilio de Trento, entre outros.
“Em Roma os cinco sentidos estão muito aguçados, a visão, que é o mais espetaculoso , porque por onde olhamos existem obras de arte, arquitetura, ruínas, monumentos; a audição, pois existem muitos idiomas em todos os cantos da cidade, você passa em frente a uma igreja e ouve um canto, um concerto; o olfato, pelo cheiro das especiarias, dos mercados e feiras; o paladar, pela característica culinária italiana; e o tato, pois podemos tocar nos mármores, ruínas, sentir e saber que ali existiu uma civilização há mais de 2 mil anos, que foi a grande capital do mundo antigo no Ocidente.”, ressalta Eduardo.
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