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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cultura de Americana homenageia representantes da Escola Carioba

A Secretaria de Cultura e Turismo de Americana homenageia ex-diretores, professores e funcionários da Escola de Carioba na próxima quinta-feira (8/11), no auditório do Centro de Cultura e Lazer, CCL, às 19h30. Participações especiais do Corda Coral de Americana e Banda Municipal. A entrada é franca.

O diretor de Cultura, Melquesedec Ferreira, coordena o projeto "Prosa Cariobense", que reúne dezenas destes moradores uma vez por mês na Casa de Cultura. O objetivo é resgatar histórias, imagens, depoimentos e documentos de antigos moradores de Carioba. Funcionários da Casa de Cultura Hermann Müller Carioba tiram cópias destes documentos. A média de idade destes moradores é de 60 anos.

Melquesedec Ferreira e o coordenador da Casa de Cultura, Rogério Bortolotto, participam de reuniões do "Prosa" para também entrevistar os antigos cariobenses e, em seguida, sistematizar as informações. "Cada um conta um pouco da sua história e daquilo que viu. Eles sentem uma alegria em reencontrar rostos conhecidos. Estes moradores têm prazer em participar do projeto", disse Ferreira. "Não tem um dia de minha vida que eu não me lembre de Carioba", disse, em testemunho, Valdemir Pereira.

Ligia de Toledo Silva recorda que em 1966 houve uma greve na Fábrica de Tecidos Carioba que durou nove meses. "Pinhanelli falava no rádio e o povo de Americana trazia mantimentos para nós", afirmou a antiga moradora. Nos anos 60, confirmando a presença da cultura no bairro, Ligia disse que Juca Chaves e Hebe Camargo se apresentaram no Clube Carioba.

Segundo Ferreira, o projeto irá continuar recolhendo material, e todos os moradores que têm referências de Carioba estão convidados a participar do grupo. "Temos muitas lacunas e, com certeza, ainda boas histórias sobre o bairro para serem recolhidas", disse o diretor de Cultura.

Terezinha de Sá lembrou de histórias místicas do local. "Havia uma figueira mal assombrada na descida para a fábrica e, segundo a lenda, um índio havia sido enterrado debaixo dela". Fátima Silvestre Stefani disse para os entrevistadores que Carioba tinha costumes bem particulares. "Em 1968 e 1969, nós tínhamos um vocabulário próprio e quando entrei no Kennedy (escola no centro da cidade onde hoje está instalada a Biblioteca Pública Municipal) era uma vergonha", afirmou.

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