A Secretaria de Cultura e Turismo de Americana homenageia ex-diretores,
professores e funcionários da Escola de Carioba na próxima quinta-feira
(8/11), no auditório do Centro de Cultura e Lazer, CCL, às 19h30.
Participações especiais do Corda Coral de Americana e Banda Municipal. A
entrada é franca.
O diretor de Cultura, Melquesedec Ferreira, coordena o projeto "Prosa
Cariobense", que reúne dezenas destes moradores uma vez por mês na Casa
de Cultura. O objetivo é resgatar histórias, imagens, depoimentos e
documentos de antigos moradores de Carioba. Funcionários da Casa de
Cultura Hermann Müller Carioba tiram cópias destes documentos. A média
de idade destes moradores é de 60 anos.
Melquesedec Ferreira e o coordenador da Casa de Cultura, Rogério
Bortolotto, participam de reuniões do "Prosa" para também entrevistar
os antigos cariobenses e, em seguida, sistematizar as informações.
"Cada um conta um pouco da sua história e daquilo que viu. Eles sentem
uma alegria em reencontrar rostos conhecidos. Estes moradores têm prazer
em participar do projeto", disse Ferreira. "Não tem um dia de minha
vida que eu não me lembre de Carioba", disse, em testemunho, Valdemir
Pereira.
Ligia de Toledo Silva recorda que em 1966 houve uma greve na Fábrica de
Tecidos Carioba que durou nove meses. "Pinhanelli falava no rádio e o
povo de Americana trazia mantimentos para nós", afirmou a antiga
moradora. Nos anos 60, confirmando a presença da cultura no bairro,
Ligia disse que Juca Chaves e Hebe Camargo se apresentaram no Clube
Carioba.
Segundo Ferreira, o projeto irá continuar recolhendo material, e todos
os moradores que têm referências de Carioba estão convidados a
participar do grupo. "Temos muitas lacunas e, com certeza, ainda boas
histórias sobre o bairro para serem recolhidas", disse o diretor de
Cultura.
Terezinha de Sá lembrou de histórias místicas do local. "Havia uma
figueira mal assombrada na descida para a fábrica e, segundo a lenda, um
índio havia sido enterrado debaixo dela". Fátima Silvestre Stefani
disse para os entrevistadores que Carioba tinha costumes bem
particulares. "Em 1968 e 1969, nós tínhamos um vocabulário próprio e
quando entrei no Kennedy (escola no centro da cidade onde hoje está
instalada a Biblioteca Pública Municipal) era uma vergonha", afirmou.
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